quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Disirblot

O Disirblot, festival nórdico a Disir e à deusa Freya, era celebrado na Lua Cheia durante o início do inverno nórdico (no meio de outubro). A deusa, sob o nome de Freya Vanadis, era celebrada com cerveja, porco, maçãs e cevada.


Os festivais ou rituais nórdicos eram chamados de blots e era normal toda a comunidade participar. O Disirblot era uma comemoração anual das deusas e ancestrais femininas.

Freya era chamada de A Grande Dis, o que a colocava como a líder das Disir, ou deusas e ancestrais femininas. As Disir eram tradicionalmente descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco, e portando espadas.

Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir traziam sorte mas eram também implacáveis quanto ao cumprimento da justiça.

As Disir, chamadas de Idises na Alemanha, estavam intimamente associadas às Valquírias e às Norns. estavam envolvidas com adivinhação e especialmente com o cumprimento da justiça divina.

Algumas referências dizem que as Disir eram humanas, enquanto outras fontes as relacionam como uma espécie de ser sobrenatural. É muito provável que o termo definisse tanto deusas como sacerdotisas humanas.

As Disir protegiam e orientavam os clãs, definiam o destino (ou Wyrd) e eram intermediárias dos deuses e das pessoas. Elas auxiliavam as volvas (sacerdotisas) na adivinhação e na arte mágica de seidr.

As Disir possuíam o poder de conjurar ou dispensar, utilizando o poder das runas. os pagãos patriarcais, e posteriormente os cristãos, desaprovaram as Disir e seus seguidores. Ambos os grupos perseguiram e assassinaram as sacerdotisas.

Seidr quer dizer “encantamento”. Transes, para contatar seres do outro mundo e os mortos, eram parte principal de um seidr. A volva sabia como contatar os alfar ou elfos, para ajudar ou atrapalhar. Transes eram utilizados para viagens astrais para obtenção de informações.

Enquanto a volva entrava em transe, outras sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas galdr. Era na verdade o uso de cantos e a repetição de poesia que criavam um estado alterado de consciência, necessário para entrar em transe.

Todos os talentos listados nos registros são semelhantes aos utilizados pelos praticantes do xamanismo. Mesmo com a condenação pelo patriarcado do uso de seidr, a lenda diz que o deus Odin o praticou após ser destruído por Freya.

Fonte: ‘Livro Mágico da Lua’, D.J. Conway

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