domingo, 14 de março de 2010

Culinaria marroquina


O exotismo de Marrocos tem a sua expressão mais vincada nos hábitos alimentares, onde a explosão de sabores desperta todos os sentidos. Não é, pois, de estranhar que a refeição seja muitas vezes referida como walíma, cuja tradução literal é banquete.

A requintada culinária marroquina é pródiga na combinação de sabores: legumes e frutos secos, especiarias perfumadas, carnes soberbamente condimentadas, peixes e mariscos delicadamente preparados... Uma refeição típica marroquina começa com uma salada à base de pepino, tomate e pimentos ou uma sopa rica de carne, legumes e grãos (a Harira). Segue-se normalmente um Tajine (cozido de carnes com legumes e tomate, cozinhado e servido num recipiente de barro com o mesmo nome, com 1001 variantes) ou uma das dezenas de variedades de Cuscuz (sémola cozida no vapor acompanhada de legumes, carne de vaca, frango, borrego, peixe, etc.).

Pode também deliciar-se com as espetadas à venda em (literalmente) todo o lado ou com o Metchui - borrego assado no forno, tão lentamente que, ao prová-lo, temos a sensação que a carne está a derreter-se na nossa boca...

Um prato tradicional muito apreciado é a Pastilla Marroquina, um folhado mais ou menos grande feito de uma massa folhada muito fina com um recheio agridoce que pode variar.

O pão tem um significado algo místico, sendo sempre considerado uma oferta, mesmo nos restaurantes. A pastelaria marroquina é muito rica e variada, sendo quase sempre à base de massas, amêndoas e outros frutos secos: uma espécie de chamuças de mel e amêndoa encontram-se entre os favoritos, assim como as feqqas com amêndoas. No final de cada refeição é quase obrigatório o digestivo chá de menta, que os marroquinos ingerem em quantidades industriais e sob qualquer pretexto.

Embora possa parecer estranho, o facto é que, ao fim de dois dias, qualquer turista se rende a este hábito singelo... como a todos os outros elementos desta culinária tão exótica!

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